Brasil deixa a IHRA - Aliança Internacional de Memória do Holocausto
Nos últimos dias, foi noticiado que o Brasil deixou a IHRA – Aliança Internacional de Memória do Holocausto. A IHRA é uma organização intergovernamental criada em 1998 que reúne governos e especialistas com o objetivo de promover, fortalecer e ampliar a educação, a pesquisa e a preservação da memória do Holocausto em escala global, além de manter os compromissos estabelecidos na Declaração do Fórum Internacional de Estocolmo sobre o Holocausto.
A instituição também atua influenciando políticas públicas sobre temas relacionados ao Holocausto e incentiva investigações voltadas a aspectos menos explorados do acontecimento. Em 2016, estabeleceu sua definição prática de antissemitismo.
A IHRA, trouxe como definição prática de antissemitismo, juridicamente não vinculativa, foi adotada pelos membro, que "O antissemitismo é uma determinada perceção dos judeus, que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientados contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas"
Ter conhecimento do que se trata a IHRA é de suma importância, para entender que sua origem tem um caráter que ultrapassa aspectos políticos e que entendemos ser de suma importância, para que os anos não minimizem o que foi o Holocausto, que foi o genocídio de judeus pela Alemanha Nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
Qualquer pesquisa rasa nos livros e na internet trará o impacto deste horripilante evento na história da humanidade.
Diante disso tudo, não é necessário esclarecer que as divergências políticas do atual governo brasileiro não deveriam se confundir com uma questão tão profunda e, quando o Brasil deixa a IHRA neste momento, é um grande erro, devido à representação deste ato diante da razão da existência desta organização internacional.
Não concordar com as decisões do atual governo de Israel não pode se confundir com uma ausência ou redução a práticas e políticas que repudiam e combatem o antissemitismo, e isso deve ser algo muito claro, em qualquer ato diplomático do Brasil ou declarações do seu Chefe de Estado.